
Arrombamento no Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte
No último sábado, o Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte, localizado em prédios históricos das antigas estações ferroviárias da cidade, na praça da Estação, centro da cidade, foi alvo de um arrombamento que resultou no furto de 17 peças do acervo. O comunicado divulgado pelo museu ressalta que as peças furtadas possuem um valor histórico e cultural, não financeiro. Entre elas, estavam formões, pequenos martelos, um canivete e um arco de pua, todos pertencentes à área de carpintaria.
A rápida ação da Polícia Federal resultou na localização de um homem suspeito de ter praticado o furto e na recuperação de um canivete histórico, que foi devolvido ao acervo do museu. No entanto, as demais peças continuam desaparecidas e a investigação segue em andamento. O suspeito foi preso em flagrante pelas autoridades.
Após o ocorrido, o museu permaneceu fechado ao público, voltando a receber visitantes somente nesta terça-feira (18). A exposição em cartaz, “Tudo é Rio”, da artista Massuelen Cristina, não sofreu danos e segue em exibição, apresentando pinturas, fotos, instalações e trabalhos bordados.
Inaugurado em 2005 pelo Instituto Cultural Flávio Gutierrez, o Museu de Artes e Ofícios abriga um valioso acervo de peças que contam a história das atividades profissionais que deram origem à indústria de transformação em Minas Gerais. Mais de 2 mil ferramentas, máquinas, equipamentos e utensílios dos séculos 18, 19 e 20 estão expostos no museu, representando ofícios ligados a setores como mineração, lapidação, ourivesaria, alimentício, tecelagem, curtume e energia.
O museu é gerido desde 2016 pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) e o caso do arrombamento segue sendo investigado pelas autoridades competentes, dada a importância histórica e cultural das peças furtadas.