
O presidente norte-americano, Joe Biden, tomou uma decisão que gerou grande repercussão no cenário internacional. Segundo fontes que falaram à agência Reuters no mês passado, Biden autorizou Kiev a lançar algumas armas fornecidas pelos EUA em alvos militares dentro da Rússia. Essa autorização, porém, tem suas limitações: Washington ainda proíbe Kiev de atacar a Rússia com ATACMS, que possui um alcance de até 300 km, e outras armas de longo alcance fornecidas pelos EUA.
Por outro lado, o secretário britânico de Relações Exteriores, David Cameron, durante uma visita a Kiev em 3 de maio, declarou à Reuters que a Ucrânia tem o direito de utilizar as armas fornecidas pelo Reino Unido para atingir alvos dentro da Rússia, deixando a decisão final nas mãos das autoridades ucranianas.
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente, Dmitry Medvedev, se pronunciou sobre o assunto, apontando uma possível mudança na política externa russa a partir das ações de Moscou. Em um comunicado oficial em seu canal no Telegram, Medvedev afirmou que o uso de armas russas por terceiros contra os EUA e seus aliados poderia trazer consequências significativas e incitou a solidariedade com os interesses russos.
Medvedev mencionou ataques a “instalações sensíveis” de países aliados dos EUA que foram atingidas por mísseis russos disparados por terceiros, enfatizando a postura de confronto adotada contra o que ele chama de inimigos comuns, os Estados Unidos.