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Café brasileiro enfrenta desafios climáticos e registra queda de 4 milhões de sacas na safra deste ano, aponta Conab.

Adversidades climáticas afetam produção de café no Brasil

No decorrer dos últimos meses, o Brasil enfrentou uma queda significativa na produção de café, estimada em cerca de 4 milhões de sacas. Mesmo em um ano de bienalidade positiva, caracterizado por uma grande florada e aumento na produção, a safra brasileira deverá recuar para 54,8 milhões de sacas, representando uma redução de 0,5% em relação ao ano anterior.

Segundo informações da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que havia previsto uma produção de 58,8 milhões de sacas em maio, a queda na produção se deve à estiagem, chuvas mal distribuídas e altas temperaturas. Esse cenário impactou especialmente o café conilon, que é o mais procurado no mercado externo. Com a quebra de safra no Vietnã e perspectivas de novos problemas climáticos no país asiático, os preços internacionais do café atingiram níveis recordes.

O Brasil deverá produzir 15,2 milhões de sacas de café conilon, uma redução de 6% em relação ao ano anterior. Já a produção de café arábica, no qual o Brasil é líder mundial, deverá aumentar para 39,6 milhões de sacas, um acréscimo de 1,7%. Minas Gerais, principal estado produtor, terá uma safra de 28 milhões de sacas, representando uma queda de 3,3% em relação a 2023.

Com quase 95% da safra já colhida, a produtividade média é de 28,8 sacas por hectare, o que representa uma redução de 1,9% em comparação ao ano anterior. Os preços do café no mercado interno continuam aquecidos, com destaque para o robusta, que atingiu R$ 1.518 a saca, enquanto o arábica está em R$ 1.494.

Brasil avança na regulamentação de produtos vegetais

Hambúrgueres vegetais, leites de amêndoas e queijos veganos têm se popularizado no Brasil. Porém, a falta de regras claras para a comercialização e rotulagem destes produtos tem gerado incertezas tanto para consumidores quanto para indústrias.

O Ministério da Agricultura dará um passo importante na próxima terça-feira (24), ao promover uma audiência pública para debater os parâmetros de regulamentação desses produtos. As embalagens deverão conter a expressão “produto vegetal análogo a”, seguida da denominação do produto animal correspondente.

A auditora fiscal federal Karina Leandro ressalta a importância da rotulagem adequada para que os consumidores compreendam que esses produtos vegetais não são equivalentes aos de origem animal em termos nutricionais. A regulamentação, além de oferecer segurança jurídica às empresas, pode estimular a inovação e facilitar a exportação desses produtos brasileiros.

O mercado de produtos à base de plantas tem apresentado crescimento, atingindo R$ 821 milhões no Brasil e US$ 12,1 bilhões no mundo em 2021, conforme dados de fontes especializadas.

Folha Mercado

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