Crimes ambientais causam destruição e terror no Brasil: sociedade civil e poder público precisam agir urgentemente, diz senadora Leila Barros.
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Incêndios devastam regiões do país e clamam por ação conjunta
A presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), senadora Leila Barros (PDT-DF), enfatizou a necessidade de mobilização da sociedade e das autoridades para identificar os responsáveis e aplicar as devidas sanções. Em reunião do colegiado, Leila conclamou por uma ação coordenada e abrangente no combate a esse desafio.
Segundo a senadora, é essencial compreender como as políticas de controle e prevenção de queimadas estão sendo conduzidas em todo o país. A CMA aprovou a realização de uma audiência pública para discutir a situação dos incêndios e queimadas em território nacional.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, participou de uma reunião no Palácio do Planalto para debater medidas de combate à crise climática no Brasil. Pacheco defendeu a união dos Poderes no enfrentamento aos incêndios, o fortalecimento de órgãos ambientais, a valorização das comunidades locais e o investimento em tecnologias sustentáveis.
Graves números de destruição
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que mais de 100 mil quilômetros quadrados no Cerrado, mais de 60 mil na Amazônia e 16 mil no Pantanal já foram consumidos pelo fogo neste ano. O total de área destruída no país chega a cerca de 225 mil quilômetros quadrados, equivalente ao estado de Roraima.
A situação crítica também atinge o Distrito Federal, onde incêndios de grande proporção ameaçam a vegetação e o abastecimento hídrico. No Parque Nacional de Brasília, mais de mil hectares já foram consumidos pelas chamas, exigindo esforços intensivos de brigadistas, bombeiros e suporte aéreo.
Combate aos incêndios criminosos
A senadora Leila ressaltou a gravidade dos incêndios na Floresta Nacional de Brasília, destacando que tais áreas são vitais para a preservação do bioma, abastecimento de água e proteção da biodiversidade local. A Polícia Federal investiga as causas, suspeitando de ações criminosas, e propõe campanhas de conscientização e reforço nas equipes de combate.
Penas mais rigorosas
Leila apresentou um projeto de lei que propõe o aumento das penas para crimes ambientais durante estados de emergência. As penas para queimadas, especialmente as dolosas, poderão chegar a 12 anos de reclusão. Outros senadores também propuseram iniciativas para ampliar a punição a crimes relacionados às queimadas ilegais.
A senadora enfatizou que é fundamental agir com sabedoria para garantir um futuro sustentável, respeitando os limites ecológicos do planeta e reconhecendo a interdependência entre humanidade e meio ambiente. O equilíbrio e o respeito pela vida em todas as formas são essenciais para deixar um legado de harmonia e sustentabilidade para as próximas gerações.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)