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Plano do Chile de cortar receitas de pequenos operadores de energia renovável preocupa investidores estrangeiros e agências de classificação

O Chile minimiza preocupações sobre cortes de receitas de energia renovável

O governo chileno minimizou as preocupações levantadas pela Câmara de Comércio dos EUA e investidores do setor de energia sobre os planos de cortar as receitas de pequenos operadores de energia renovável. O presidente Gabriel Boric e sua coalizão de esquerda revelaram um projeto de lei que visa reduzir as receitas obtidas por pequenos fornecedores de energia solar, que geram menos de 9 MW, para financiar um subsídio de eletricidade para consumidores mais pobres.

O ministro das Finanças, Mario Marcel, em entrevista ao Financial Times, afirmou que as pessoas não devem reagir de forma exagerada e que questionar toda a estrutura institucional em eletricidade é desnecessário.

Entretanto, investidores, como Luis Sabaté da Matrix Renewables, alertaram que os pequenos geradores de energia estarão em inadimplência técnica se o plano for aprovado. Empresas como BlackRock investiram bilhões em projetos de energia renovável no Chile e expressaram preocupações com a falta de previsibilidade jurídica da proposta.

Pequenos geradores representam cerca de 12% da eletricidade no Chile e o país obteve 55% de sua eletricidade de fontes renováveis em 2022. Agências de classificação e grupos do setor energético criticaram a proposta do governo, enquanto investidores expressaram preocupação com a mudança do país enquanto destino de investimentos.

Investimentos e Reformas no Chile

O governo chileno está avançando com cortes no imposto sobre empresas, desenvolvimento de uma indústria de hidrogênio verde e aumento na produção de lítio. Com acesso a fontes abundantes de energia renovável, o Chile busca se tornar competitivo na exportação de hidrogênio verde.

Apesar das críticas, o país tem recebido altos investimentos estrangeiros e está otimista em relação ao crescimento econômico. O governo pretende aprovar reformas para aumentar as receitas fiscais e melhorar a previdência antes das próximas eleições em 2025.

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