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Estudo revela “paradoxo do poder”: mulheres em cargos de liderança sofrem mais assédio sexual no ambiente de trabalho.

Assédio Sexual: Um Problema que Persiste nos Locais de Trabalho

O assédio sexual é um tema sério e delicado que continua sendo um problema em diversos ambientes de trabalho ao redor do mundo. Mesmo com avanços significativos no entendimento das dinâmicas de poder e abuso relacionadas a essa violência, o fenômeno persiste e, em muitos casos, aumenta à medida que as mulheres alcançam cargos de liderança no mercado corporativo.

Uma pesquisa realizada por Olle Folke, Johanna Rickne, Seiki Tanaka e Yasuka Tateishi investigou o que chamaram de “paradoxo do poder” — a tendência de mulheres em cargos de supervisão serem mais propensas a sofrer assédio sexual do que aquelas em posições mais baixas. Esse padrão foi identificado em países como Estados Unidos, Japão e Suécia, onde as mulheres em funções de chefia apresentam entre 30% e 100% mais chances de serem assediadas em comparação às demais.

A pesquisa utilizou diferentes métodos de mensuração, incluindo uma lista de comportamentos específicos e perguntas abertas sobre experiências de assédio nos últimos doze meses. Em ambos os casos, os dados apontaram que mulheres em posições de liderança estão mais expostas a essas situações, desafiando a ideia de que a ascensão no ambiente de trabalho as protegeria do assédio.

O “paradoxo do poder” reflete a resistência cultural à presença feminina em cargos de chefia, especialmente em setores dominados por homens, como construção civil, tecnologia e finanças. Mulheres que lideram equipes majoritariamente masculinas enfrentam cerca de 30% mais assédio do que aquelas que estão à frente de grupos predominantemente femininos.

Além disso, mulheres em posições de liderança costumam enfrentar retaliações mais severas, tanto no âmbito profissional quanto social, quando decidem denunciar casos de assédio. Isso gera impactos negativos não apenas para as vítimas, mas também para as organizações, que perdem talentos valiosos e comprometem a diversidade e eficiência no ambiente corporativo.

Diante desse cenário, é urgente a implementação de políticas mais eficazes para combater o assédio sexual nos locais de trabalho. Essa luta não se restringe apenas à proteção das mulheres em cargos de liderança, mas também à criação de uma cultura organizacional mais segura e inclusiva. A promoção de ambientes livres de assédio é essencial para garantir que todos os profissionais possam desenvolver seu potencial pleno no ambiente de trabalho.

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