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Mexilhão invasor ameaça ecossistema e saúde pública ao dominar litoral brasileiro, alertam especialistas e pescadores artesanais.

Um fenômeno preocupante vem chamando a atenção dos especialistas ambientais nos últimos anos. O mexilhão-verde, uma espécie invasora, tem se proliferado de forma alarmante nas águas da Baía de Guanabara e em outras regiões do Brasil. O aumento exponencial dessa espécie tem levado a consequências graves para o ecossistema marinho e para a saúde pública da população local.

Segundo relatos de pescadores artesanais da Baía de Guanabara, a presença massiva do mexilhão-verde já não é mais uma novidade. O impacto dessa espécie invasora tem sido sentido não apenas na fauna marinha, mas também na economia local e na saúde das comunidades que dependem da pesca como meio de subsistência.

A preocupação com a proliferação descontrolada do mexilhão-verde é compartilhada por diversos ambientalistas e pesquisadores. O Movimento Baía Viva defende a necessidade de um monitoramento constante e preciso por parte de instituições científicas renomadas, como a Fiocruz, UERJ, UFF, UNIRIO e UERJ, diante da falta de confiabilidade nos dados produzidos pelos órgãos ambientais responsáveis.

O pesquisador Edson Barbieri, especialista em oceanografia, alerta para a origem do mexilhão-verde, que chegou ao Brasil por meio de navios que descarregam água de lastro, transportando inadvertidamente organismos marinhos de um ambiente para outro. Esse processo tem contribuído para a disseminação de espécies invasoras em escala global, comprometendo a biodiversidade marinha.

Diante da gravidade dessa situação, especialistas temem que o mexilhão-verde possa dominar todo o litoral brasileiro, causando danos irreparáveis ao meio ambiente e à saúde pública. A ausência de predadores naturais para controlar a reprodução desenfreada desse molusco torna esse cenário ainda mais preocupante.

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