
Venezuelanos buscam refúgio em meio a crise política
Após ser ameaçado de prisão, González fugiu da Venezuela no fim de semana — e alguns outros venezuelanos já estão optando por fazer o mesmo.
Os que ficaram estão, em grande parte, desistindo de qualquer esperança de uma transição, já que os protestos pós-eleitorais fracassaram e as medidas punitivas do exterior ainda não se concretizaram.
“Pensei que poderia haver uma mudança, mas agora não sei, parece que vamos seguir os passos de Cuba”, disse o professor Ender López, 56 anos, na cidade de Valencia, no centro da Venezuela. Seus dois filhos já emigraram.
“Algumas pessoas têm fé na diplomacia internacional, mas agora acho que não farão nada”, acrescentou.
Mais de 7,7 milhões de pessoas deixaram a Venezuela nos últimos anos e mais estão se preparando para se juntar a uma robusta diáspora global.
“Estou em busca de uma vida melhor”, disse a migrante Alejandra Medina, que dormiu no chão por duas noites com seus filhos de 4 e 2 anos, em Pacaraima, em Roraima, na região de fronteira entre Brasil e Venezuela.