
Possível Ética Contestada na Suprema Corte dos EUA
Na mais recente declaração financeira do juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos, Samuel Alito, uma revelação controversa veio à tona. Um presente único no valor de US$ 900 (cerca de R$ 5 mil) em ingressos para um show foi reportado, tendo como doadora a princesa alemã Gloria von Thurn und Taxis, conhecida por suas ligações com ativistas de direita.
Apesar da declaração não fornecer detalhes específicos sobre o presente, incluindo o nome do show ou a quantidade de ingressos, a princesa confirmou em entrevista a um veículo de imprensa alemão que presenteou Alito e sua esposa com ingressos para o Festival do Castelo de Regensburg, uma celebração anual de verão organizada por ela em seu castelo na Baviera.
Este incidente trouxe à tona discussões sobre a ética na Suprema Corte, que já esteve envolvida em polêmicas anteriores envolvendo membros que aceitaram presentes de luxo sem a devida divulgação. Gabe Roth, líder do Fix the Court, uma organização focada em transparência na corte, criticou a atitude de Alito e afirmou que juízes não deveriam aceitar presentes caros, independentemente da identidade do benfeitor.
Além disso, a princesa Gloria von Thurn und Taxis tem sido associada a figuras conservadoras e de extrema-direita, como Steve Bannon, o que levanta ainda mais questionamentos sobre os laços e influências na Suprema Corte.
Essa revelação também trouxe à tona polêmicas do passado da princesa, como declarações controversas sobre raça e sua postura conservadora na esfera religiosa. Seus relacionamentos com figuras católicas que se opõem ao Papa Francisco e sua atuação em eventos conservadores agravam as críticas sobre sua influência e conexões na esfera política e religiosa.
Diante disso, a transparência e conduta ética dos membros da Suprema Corte dos EUA mais uma vez são questionadas, reiterando a importância de manter a integridade e imparcialidade dentro do mais alto tribunal do país.