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Brasileiros pagam R$ 100 bilhões em ineficiências na conta de luz, aponta estudo da Abrace divulgado hoje.







Artigo sobre Ineficiências na Conta de Luz

Brasileiros Pagam Bilhões em Ineficiências na Conta de Luz, Aponta Estudo

Um estudo divulgado pela Abrace, associação que representa mais de 40% do consumo industrial de energia e gás do país, revelou que os brasileiros desembolsam cerca de R$ 100 bilhões anualmente devido a ineficiências e subsídios na conta de luz. Esse valor corresponde a mais de um quarto de todos os custos circulantes no setor elétrico nacional.

As ineficiências e subsídios foram classificados em explícitos, como os pagos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para custear políticas públicas, e “ocultos”. A Abrace argumenta que a CDE, cujo orçamento anual já ultrapassa R$ 30 bilhões, deveria ser suportada pelo Orçamento da União, em vez de recair sobre os consumidores de energia.

No entanto, há um ônus ainda maior para os consumidores, que chega a R$ 63 bilhões anuais, devido a diversos aspectos, como contratação de energia mais cara no mercado regulado, ineficiências na valoração de perdas não técnicas e taxas da iluminação pública. A analista de energia da associação destacou que apenas as ineficiências na contratação de energia para o mercado cativo são responsáveis por um custo de R$ 21 bilhões.

Além disso, os consumidores brasileiros pagam diversas taxas “invisíveis”, incluindo um “encargo do equilíbrio fiscal” de R$ 900 milhões anuais. Esse cenário impacta não apenas na conta de luz, mas também nos preços dos produtos internamente produzidos, afetando a indústria do país, que enfrenta estagnação.

O Brasil possui uma das contas de luz mais caras do mundo em relação à renda per capita, ficando atrás apenas de países de baixa renda. O alto custo final da energia tem sido uma preocupação do ministro de Minas e Energia, que tem prometido uma reforma no setor elétrico para reduzir tais despesas.

Diante desse cenário, é imprescindível uma revisão e transparência nos subsídios e encargos embutidos na conta de luz, garantindo uma energia mais competitiva e acessível para os consumidores brasileiros.

Folha Mercado

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