
Programa de formação em ecologia quantitativa forma jovens pesquisadores na Amazônia
No coração da floresta amazônica, próximo a Manaus, um grupo de 18 jovens pesquisadores está se dedicando a unir conhecimentos da biologia e matemática em projetos inovadores. Em um acampamento conhecido como Acampamento 41, localizado em uma área de mata fechada, os estudantes passam nove dias coletando dados, observando a vida selvagem e construindo modelos computacionais para analisar as interações entre os seres vivos. Essa iniciativa faz parte do programa de formação em ecologia quantitativa do renomado Instituto Serrapilheira.
Os participantes, provenientes de diversas áreas como biologia, física e engenharia computacional, tiveram a oportunidade de vivenciar a experiência da pesquisa em campo. Um dos estudantes, Yan Barbosa Werneck, relata que essa foi sua primeira vez em uma mata fechada, destacando a importância de aplicar seus conhecimentos em modelagem computacional para enfrentar desafios como as mudanças climáticas.
Segundo o coordenador científico do curso, Paulo Enrique Peixoto, investir em formações desse tipo é fundamental para capacitar novos pesquisadores e promover estudos mais aprofundados diante da crise climática. A formação em ecologia quantitativa proporciona ferramentas matemáticas e computacionais para compreender e prever fenômenos ecológicos, além de realizar análises estatísticas.
O programa é dividido em duas etapas: uma teórica e outra prática. Na primeira parte, os alunos participam de aulas presenciais no Rio de Janeiro, onde aprendem a utilizar as ferramentas necessárias para a pesquisa em ecologia. Já na etapa prática, os estudantes são selecionados para vivenciar a experiência de campo, realizando pesquisas na mata atlântica em Peruíbe, no litoral de São Paulo, e na Amazônia, no Acampamento 41.
O Acampamento 41 é um local de pesquisa tradicional na floresta amazônica, reconhecido internacionalmente por abrigar projetos importantes para a conservação do bioma. Os participantes têm a oportunidade de imergir na natureza, convivendo com a fauna e flora locais, além de colaborar na construção de projetos de pesquisa que serão apresentados ao final do curso.