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Prazo para depósito dos R$ 15,2 bilhões em resultados do FGTS encerra neste sábado, beneficiando 130,8 milhões de trabalhadores

O prazo para o depósito dos R$ 15,2 bilhões em resultados registrados pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) no ano passado encerra neste sábado (31). Esses valores serão distribuídos entre os 130,8 milhões de trabalhadores titulares das 218,6 milhões de contas ativas e inativas, totalizando um saldo de R$ 564,2 bilhões.

As contas ativas recebem depósitos pelo emprego atual, enquanto as inativas estão relacionadas a empregos anteriores a 31 de dezembro de 2023. Os depósitos dos valores começaram no final de julho e correspondem a 65% do lucro total registrado em 2023, que foi de R$ 23,4 bilhões. A distribuição do dinheiro é feita de forma proporcional ao saldo de cada conta do trabalhador em 31 de dezembro do ano anterior, sendo o cálculo da parcela baseado na multiplicação do saldo por 0,02693258.

Esse montante recebido pelos trabalhadores é direcionado para o saldo do FGTS e só pode ser sacado em situações previstas na legislação, como doenças graves, dispensa sem justa causa, aposentadoria e desastres naturais. Além disso, o saldo do FGTS pode ser utilizado para a aquisição de imóvel residencial.

Para checar o saldo no fundo, os trabalhadores podem utilizar o aplicativo FGTS, disponível para sistemas Android e iOS, ou ir pessoalmente a uma agência da Caixa para solicitar o extrato no balcão de atendimento. O banco também envia o extrato do FGTS em papel a cada 2 meses no endereço cadastrado.

Quanto ao rendimento do FGTS, a legislação determina um rendimento de 3% ao ano mais a taxa referencial (TR). Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o fundo deve ter correção mínima pelo IPCA, porém essa correção só é válida a partir da data da publicação do resultado do julgamento e não é retroativa sobre o saldo das contas.

O lucro positivo do FGTS em 2023, de R$ 23,4 bilhões, é quase o dobro dos R$ 12,1 bilhões registrados em 2022. Desse ganho total, R$ 16,8 bilhões são provenientes do lucro recorrente do FGTS e os outros R$ 6,6 bilhões são resultado da reestruturação do fundo que financia a reconstrução do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, em um acordo assinado no ano passado para dar continuidade às obras na região portuária.

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