Fogo na Amazônia: 2,5 milhões de hectares já consumidos em menos de um mês, indicando ação criminosa, alertam autoridades.

Os incêndios na Amazônia continuam causando preocupação e devastação, com dados alarmantes divulgados pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). Em menos de um mês, a região já teve 2,5 milhões de hectares consumidos pelas chamas, ultrapassando a média histórica para o período, que é de 1,4 milhões de hectares afetados.

Desde o início do ano, os incêndios já atingiram mais de 4,1 milhões de hectares na Amazônia, o que representa uma situação preocupante para a biodiversidade e ecossistemas locais. O monitoramento realizado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos indicou uma alta concentração de gases poluentes na região, que se estendia da Amazônia ao Sul do Brasil, impactando até mesmo dez estados brasileiros.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, alertou para a possibilidade de ação criminosa por trás dos incêndios, destacando um movimento atípico que sugere incêndios propositais. Ela mencionou o fenômeno conhecido como ‘dia do fogo’ e expressou preocupação com a abertura de múltiplas frentes de incêndio de forma simultânea, o que indica uma possível coordenação para causar a destruição.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, revelou a abertura de inquéritos para investigar incêndios criminosos na região da Amazônia e do Pantanal, além de dois casos em São Paulo. Essas ações ilegais, se confirmadas, representam um grave atentado ao meio ambiente e exigem medidas urgentes para identificar e punir os responsáveis.

A situação na Amazônia preocupa não só pela grande extensão atingida pelo fogo, mas também pelos impactos negativos na fauna, flora, e populações locais que dependem desse ecossistema para sobrevivência. A seca extrema prevista para o próximo mês torna ainda mais urgente a necessidade de combater os incêndios e preservar a maior floresta tropical do mundo.