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Bahia ultrapassa Honduras em índice de violência: seis das dez cidades mais violentas do Brasil estão no estado, com governador aliado de Lula.





A Bahia é 50% mais violenta que Honduras. Seis das dez cidades com maior número de homicídios no Brasil estão lá. O governador que assistiu a essa escalada na Bahia, Rui Costa, virou um dos braços-direitos de Lula.

Até 2005, a Bahia sofria 25 homicídios por 100 mil habitantes, em média, por ano. De 2007 para cá, só cresceu. No ano passado, foram 45 por 100 mil, ou quase seis vezes mais que o estado de São Paulo. Vamos frisar que a Bahia não é o estado mais pobre do país (Maranhão, Paraíba, Piauí, Ceará, Sergipe e Alagoas têm renda per capita menor), muito menos o mais desigual (honraria nas mãos de Paraíba, Piauí e Distrito Federal), apesar de ser — de longe — o mais violento, junto com o Amapá. São Paulo e Bahia têm quase o mesmo índice de desigualdade (São Paulo, um pouco pior que a Bahia), mas os paulistas vivenciam apenas um sexto dos homicídios dos irmãos baianos.

Ironia que deve doer para o militante não-chegado a dados: o estado mais seguro do Brasil, o mais igualitário no índice GINI, o de melhor IDH e o que tem a menor força policial do país per capita, é, pasmem, Santa Catarina. Comumente chamado de “nazista” para os adeptos de calúnias impunes.

A direita brasileira tampouco tem oferecido soluções melhores ou mais aprofundadas, mas não evita o tema: fala dela sem parar — dá a entender que se preocupa com violência.

A polícia norte-americana compartilha os mesmos vícios e má reputação da brasileira: um negro é abordado de forma radicalmente mais agressiva que um branco; protela ou evita qualquer punição a casos exagerados de abuso de autoridade (uma das melhores séries americanas de todos os tempos, “The Wire”, mostra bem isso). Mas Kamala Harris repete sem parar que “segurança é fundamental”. Já disse que as pessoas que mais querem policiamento e penas duras nos EUA são as “black moms” (mães negras), preocupadas com seus filhos e seus bairros.

Hillary Clinton permitiu a chegada de Donald Trump ao poder quando afirmou que metade do eleitorado de Trump era um “monte de gente lamentável” (“basket of deplorables”). A pragmática Kamala tem chance de conquistar alguns estados do interiorzão americano ao ser menos arrogante.


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