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Na última segunda-feira (19), encerrou a fase de depoimentos das testemunhas no processo do sequestrador Paulo Sérgio de Lima, de 29 anos. Ele manteve 16 pessoas reféns por quase quatro horas dentro de um ônibus na Rodoviária do Rio de Janeiro, disparando tiros e ferindo duas pessoas em março deste ano. O caso está sendo julgado na 4º Vara Criminal da Capital.
O primeiro a depor foi o petroleiro Bruno Lima da Costa, residente em Juiz de Fora, que decidiu prestar seu depoimento presencialmente. Bruno foi atingido por três disparos na clavícula, próximo ao coração e ao baço.
Ele relatou que tinha descido do ônibus, que apresentava defeitos, e de repente ouviu os disparos e os gritos. Bruno ficou em estado de choque e só percebeu que havia sido atingido ao ver uma mulher caída também ferida.
A pedido do Ministério Público, Bruno mostrou as marcas dos disparos e as cicatrizes das cirurgias realizadas durante os 54 dias em que ficou internado.
A segunda testemunha foi Ariane Ribeiro Amorim, uma das reféns feita de escudo humano pelo sequestrador. Ela contou que, após muitas negociações, o sequestrador concordou em se entregar, mas exigiu que ela ficasse colada a ele.
Carlos Felipe Sanglard Torres, atingido por estilhaços de vidro do ônibus, foi o terceiro a depor, seguido pela Major Alexandra Valéria Vicente da Silva, psicóloga do Bope, que falou sobre sua atuação na negociação para a rendição do sequestrador.
O réu optou por permanecer em silêncio. A sentença será definida após o Ministério Público, a Defensoria Pública e o acusado manifestarem suas alegações finais.
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