Enxaqueca: um mal que afeta milhões de pessoas
A enxaqueca é uma dor de cabeça latejante que aflige cerca de 30 milhões de americanos, com um em cada quatro sofrendo pelo menos quatro ataques graves por mês. Mulheres são três vezes mais propensas a sofrer de enxaqueca do que os homens, especialmente durante os anos reprodutivos. Essa condição vem acompanhada de náusea, bem como maior sensibilidade à luz, som e toque.
Um estudo recente realizado por pesquisadores revelou que a progesterona, um hormônio presente no ciclo menstrual feminino, pode aumentar a suscetibilidade às enxaquecas. Durante o ciclo menstrual, os níveis de progesterona e estrogênio flutuam, sendo mais baixos durante o período perimenstrual.
Descobertas científicas sobre a progesterona
Os pesquisadores observaram em estudos com camundongos fêmeas que a sensibilidade à dor aumentava no final do ciclo reprodutivo, quando os níveis hormonais estavam em baixa. Experimentos posteriores com a administração de progesterona demonstraram uma maior sensibilidade ao toque nos animais tratados, em comparação com aqueles que receberam uma solução salina.
Além disso, o estudo identificou os receptores de progesterona no cérebro como possíveis alvos para o tratamento da enxaqueca. A ativação desses receptores aumentou a suscetibilidade à dor de cabeça, enquanto camundongos sem esses receptores eram resistentes à dor induzida pela nitroglicerina.
Perspectivas para o tratamento da enxaqueca
Com essas descobertas, os pesquisadores apontam os receptores de progesterona como possíveis alvos para desenvolvimento de medicamentos preventivos e tratamentos para enxaquecas. O estudo em andamento visa entender melhor como esses receptores aumentam a sensibilidade à dor, proporcionando novas perspectivas para o tratamento dessa condição.
Este artigo sintetiza uma pesquisa recente sobre enxaqueca, destacando a influência da progesterona no desenvolvimento dessa condição.
