Fabricante da vacina Jynneos solicita autorização para aplicação em adolescentes e prepara estudo em crianças de 2 a 12 anos.
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Segundo a Bavarian Nordic, os resultados mostraram que a vacina é igualmente eficaz e segura em ambos os grupos, com perfil de segurança semelhante após a aplicação de duas doses. Com base nesses dados, a empresa enviou à EMA um pedido para autorizar a vacinação de adolescentes.
Além disso, a empresa está se preparando para conduzir um ensaio clínico para avaliar a imunogenicidade e segurança da vacina em crianças de 2 a 12 anos, com o objetivo de expandir ainda mais a indicação do imunizante para populações mais jovens. O estudo será realizado na República Democrática do Congo e em Uganda, países onde a doença é endêmica e foi declarada uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
No Brasil, o Ministério da Saúde está negociando com a Organização Pan-Americana da Saúde a compra emergencial de 25 mil doses da vacina Jynneos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou o uso emergencial da vacina durante a primeira emergência global de mpox em 2023. O ministério fez um pedido de renovação da autorização à Anvisa, reforçando a importância da vacinação seletiva e focada em públicos-alvo específicos.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância da vigilância e do monitoramento em meio à nova emergência global de mpox. A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, ressaltou a necessidade de ter uma reserva da vacina no Brasil, dada a escassez no mercado internacional. O Brasil está atualmente no nível 1 da OMS, o menos alarmante, com um cenário de normalidade para a doença e sem casos da nova variante identificada na República Democrática do Congo. O último óbito de mpox no país foi registrado em abril de 2023.