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Desembargador do TJ-SP será juiz instrutor substituto no STF, auxiliando ministro Dias Toffoli por seis meses.





Desembargador Carlos Vieira Von Adamek será juiz instrutor no gabinete do ministro Dias Toffoli

O desembargador Carlos Vieira Von Adamek, do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi convocado para atuar como juiz instrutor substituto no gabinete do ministro Dias Toffoli, no Supremo Tribunal Federal. A partir desta quarta-feira (14), Adamek estará à disposição do STF para assumir suas novas funções, retornando ao cargo que ocupou em 2010, quando auxiliou Toffoli no julgamento do mensalão. Conhecido como braço-direito do ministro, Adamek foi influente em vários órgãos de Brasília.

A solicitação para a convocação de Adamek foi aprovada por unanimidade pelo TJ-SP, atendendo ao pedido do ministro Luis Roberto Barroso. Adamek continuará atuando na 2ª Câmara de Direito Público do TJ-SP, sem prejuízo de suas novas atribuições no STF. De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, ele seguirá participando das sessões e julgando os processos que forem distribuídos a ele, como já aconteceu em convocações anteriores desde 2016.

Ônus adicional

No final de 2016, Adamek foi nomeado juiz auxiliar pelo então corregedor João Otávio de Noronha. Além disso, ele também já atuou como juiz instrutor no gabinete do ministro Luis Felipe Salomão no STJ, ao mesmo tempo em que participava de julgamentos virtuais no TJ-SP. Essas acumulações foram autorizadas pelo TJ-SP, garantindo que Adamek pudesse exercer suas funções temporárias sem prejudicar seu trabalho normal no tribunal de origem.

Quarentena revogada

Quando Toffoli assumiu a presidência do CNJ, a quarentena de juízes auxiliares do STF, do CNJ e de tribunais superiores para concorrer a cargos de conselheiro do CNJ, do CNMP ou de ministro de tribunal superior foi revogada. Essa mudança foi vista como uma forma de contornar eventuais obstáculos para Adamek, que ocupava o cargo de secretário-geral do CNJ na época.

Apesar de ter tentado chegar ao STJ com o apoio de Toffoli, Adamek não foi indicado por Lula para uma vaga no tribunal. Sua movimentação no cenário jurídico foi vista como uma estratégia para ascender na carreira, mas não obteve sucesso.


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