Presidente Lula está atento à sucessão no Banco Central
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), revelou que o tema da sucessão no Banco Central entrou no radar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma declaração nesta terça-feira (13), Haddad afirmou que Lula deseja garantir a sabatina do sucessor de Roberto Campos Neto.
Segundo o ministro, Lula planeja discutir os prazos de sabatina e o calendário eleitoral com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para assegurar que o nome escolhido possa passar pela sabatina nos esforços concentrados que estão sendo feitos. Ele também ressaltou que a data da indicação dependerá das conversas com Pacheco.
Em um ano eleitoral, é comum que os parlamentares diminuam o ritmo de trabalho para dedicarem-se à campanha eleitoral. Tanto a Câmara quanto o Senado já definiram uma redução nas atividades até o primeiro turno das eleições, que ocorrerá em outubro.
Lula, que ainda não tomou uma decisão sobre a sucessão no Banco Central, indicou anteriormente que essa escolha poderia acontecer no fim do ano, quando se encerra o mandato de Campos Neto. A autonomia do BC, estabelecida durante o governo Bolsonaro, definiu um mandato fixo de quatro anos para o presidente da instituição, em um ciclo não coincidente com o do chefe do Executivo.
Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, está esperançoso com a antecipação da indicação do novo presidente do BC. Ele afirmou que irá pautar logo a sabatina e a votação, não pretendendo adiar o processo.
Entre os senadores da CAE, há uma preferência pela indicação ocorrer em setembro, após a próxima reunião do Copom nos dias 17 e 18. Muitos no mercado financeiro já especulam um anúncio em agosto, porém, a decisão final ainda não foi tomada.
