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STF inicia audiências sobre a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes: réus terão direito a perguntas e testemunhas prestam depoimento

O Supremo Tribunal Federal (STF) dá início a uma semana de audiências de instrução e julgamento para a ação penal envolvendo a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrida em 2018. Neste processo, alguns réus importantes foram apontados, incluindo o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, seu irmão Chiquinho Brazão, o deputado federal (Sem partido-RJ) Rivaldo Barbosa, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira, todos atualmente detidos. Outro réu na ação é Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, suspeito de fornecer a arma utilizada no crime.

Durante as audiências, os réus terão o direito de estar presentes, acompanhados de seus advogados, que poderão fazer questionamentos às testemunhas e apresentar documentos relevantes para o caso. O cronograma prevê cinco dias de oitivas, sempre às 13h, até a sexta-feira, sendo que oito testemunhas de acusação já foram intimadas pelo relator do processo, ministro Alexandre de Moraes. As testemunhas serão ouvidas por videoconferência a partir da sede do Supremo, em Brasília.

Fernanda Gonçalves Chaves, assessora de Marielle que estava no carro durante o ataque, também será ouvida, juntamente com os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Será importante ouvir testemunhas-chave, como o delegado e os agentes responsáveis pela investigação na Polícia Federal, um ex-assessor de Marielle, e o homem que teria vendido o carro usado no crime.

Além disso, está programado o depoimento do delegado da Polícia Civil Brenno Carnevale, atual secretário de Ordem Pública da prefeitura do Rio de Janeiro, que será questionado sobre possíveis interferências de Rivaldo Barbosa nas investigações. O relatório complementar da Polícia Federal reforça os indícios de obstrução de Justiça por parte de Barbosa e do delegado Giniton Lages, apontando falhas na coleta de provas.

Os detalhes sobre as investigações e os desdobramentos desse caso complexo continuam a ser revelados durante as audiências no STF, que prometem lançar luz sobre um dos crimes mais chocantes da recente história brasileira.

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