No Vale do Ivaí, região do Paraná, pelo menos 17 mulheres são vítimas de violência diariamente. De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública (Sesp), mais de 3,1 mil casos de violência contra a mulher foram registrados na área da 17ª Subdivisão Policial (SDP) nos primeiros seis meses deste ano. A cidade de Apucarana concentra a maioria dos crimes, com 1.322 denúncias no mesmo período.
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Apesar do alto índice de denúncias, houve uma queda de 6% em comparação ao ano passado, quando foram registrados pouco mais de 3,3 mil casos de violência contra a mulher. Em relação a Apucarana, houve 1,4 mil denúncias no primeiro semestre do ano anterior.
Os dados revelam que a maioria dos abusos ocorre dentro do ambiente doméstico e familiar, representando 40% do total de denúncias na região. Um dos casos recentes foi o de uma mulher esfaqueada pelo ex-marido após pedir o divórcio, ocorrido em Apucarana. O autor foi preso pela Polícia Militar por descumprir medidas protetivas.
“O número de registros de violência doméstica familiar na delegacia de Apucarana ainda é relativamente distante do que gostaríamos que fosse. Eu gostaria que nenhuma mulher tivesse que passar por esse tipo de situação. Mas infelizmente esse crime ainda é uma realidade na nossa sociedade. Buscamos, por meio de diversas ferramentas, a diminuição desses crimes”, salienta a delegada titular da Delegacia da Mulher, Luana Lopes.
A delegada destaca que a violência doméstica é tratada com mais rigor pela legislação, com mecanismos de defesa como o botão do pânico, patrulha Maria da Penha, entre outros. Além disso, a Polícia Civil aderiu à campanha nacional de combate à violência doméstica, realizando a Operação Shamar durante todo o mês de agosto.
Polícia Civil adere à campanha nacional
Durante o mês de agosto, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) vai realizar a Operação Shamar, que ocorre a nível nacional com ações repressivas de combate à violência doméstica. Também serão realizadas ações educativas e de acompanhamento de medidas protetivas.
O sinal de socorro, feito com as mãos, foi criado pela Canadian Women’s Foundation, uma Organização Não Governamental de proteção a mulheres. O gesto é utilizado por mulheres em situação de risco, permitindo que solicitem ajuda de forma discreta.
A PCPR vai distribuir folders com informações sobre o sinal de socorro durante as ações realizadas no mês de agosto, buscando conscientizar a população sobre a importância de combater a violência contra a mulher.
Por Cindy Santos com Agência Estadual de Notícias
