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No mundo atual, marcado pelo domínio dos meios audiovisuais, a literatura ainda mantém sua relevância e importância. Ao contrário dos produtos mediáticos completos e rapidamente consumidos, os livros permitem ao leitor uma experiência mais profunda e ativa. Enquanto lê, o indivíduo não apenas absorve a narrativa, mas também a recria em sua mente, enriquecendo-a com sua imaginação e experiências pessoais. Dessa forma, cada leitor constrói uma interpretação única da obra, tornando-a viva e fértil, capaz de se manifestar de diferentes maneiras.
Em muitos Seminários, tem sido louvável ver um esforço para priorizar a literatura em meio às distrações digitais e às notícias falsas. O tempo dedicado à leitura e discussão de livros antigos e contemporâneos é enriquecedor. No entanto, é preocupante a falta de atenção à literatura na formação dos futuros sacerdotes. Muitas vezes, a literatura é vista como um mero passatempo, desconsiderando seu potencial de enriquecimento intelectual e espiritual dos seminaristas.
Diante desse cenário, é crucial repensar o papel da literatura na formação sacerdotal. Através das palavras de um teólogo, entendemos que a literatura reflete o mistério humano e contribui para uma compreensão mais profunda da vida. Cada obra literária nos conecta com as questões essenciais da existência, proporcionando uma expansão de horizontes e uma reflexão íntima sobre nossa própria vida.
A experiência pessoal do autor, que foi professor de literatura, confirma a importância de dar liberdade aos alunos para explorar suas preferências literárias. Ao permitir que cada um descubra seu caminho na leitura, é possível desenvolver o gosto pela literatura de forma natural e significativa. A escolha das leituras deve ser guiada pela sinceridade e pela conexão emocional, permitindo que os livros se tornem verdadeiros amigos e guias ao longo da jornada.