Adolescente baleado na cabeça em baile funk de Guarulhos morre no hospital, caso reacende polêmica sobre ação policial.

Tudo aconteceu na rua Jequitibá, no Jardim Monte Alegre, durante a madrugada dos dias 28 e 29 de julho, quando a GCM foi acionada para dispersar o baile funk devido a reclamações de moradores da região. Relatos indicam que, ao chegar ao local, os agentes foram recebidos com arremessos de pedras e outros objetos por parte do público presente.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram a confusão que se seguiu, com o uso de gás lacrimogêneo e correria. A prefeitura alega que a GCM utilizou apenas armas de munição não letal durante a ação, porém a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) revelou que duas pessoas foram atingidas por tiros de arma de fogo: o adolescente de 16 anos, que veio a óbito, e um homem de 25 anos, que ficou ferido. A origem dos disparos ainda não foi identificada.
O caso, inicialmente registrado como lesão corporal e tentativa de homicídio, está sendo investigado pelo 4º Distrito Policial de Guarulhos. As autoridades estão analisando as imagens e realizando diligências para esclarecer todos os detalhes do incidente.
Vale destacar que, infelizmente, episódios trágicos como esse não são incomuns em eventos como bailes funk. Em dezembro de 2019, nove jovens perderam suas vidas em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, após uma operação policial que ficou conhecida como o Massacre de Paraisópolis. A violência em eventos desse tipo é um reflexo de problemas mais profundos que precisam ser abordados e resolvidos pela sociedade como um todo.