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Bolsonaro desdenha luto da família de Bruno Covas e é criticado por Tomás Covas em declaração ácida no Alvorada.






Artigo Jornalístico

Bolsonaro Despreza Luto da Família de Covas

Decorridos menos de dois meses, Bolsonaro como que deu de ombros para o luto da família do prefeito morto. “Ele fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã”, declarou, no cercadinho do Alvorada. Abespinhado, Tomás Covas reagiu em timbre ácido.

“Lamento a fala dita pelo incompetente e negacionista presidente Bolsonaro”, disse Tomás Covas. “Em uma fala covarde, ele atacou quem não está mais aqui conosco, não dando o direito de resposta ao meu pai. Além disso, cumprimos com todos os protocolos no estádio do Maracanã, utilizando a máscara e sentando apenas nas cadeiras permitidas.”

Neste sábado, numa evidência de que a vida é uma moléstia incurável, Tomás Covas dividiu a cena com Bolsonaro. Contratado por Ricardo Nunes em junho passado como coordenador de Políticas para Juventude da prefeitura, com salário de R$ 10 mil, o filho de Bruno declarou que é “honra enorme” participar da frente ampla para “derrotar mais uma vez o radicalismo em São Paulo”.

Bruno Covas não foi o único vulto incluído involuntariamente na “frente ampla” de Ricardo Nunes. Candidato do MDB, Ricardo Nunes fez uma inusitada defesa da democracia. Citou Ulysses Guimarães, um ícone do partido, que traz inscrito na biografia o discurso da promulgação da Constituição de 1988. Nele, disse que nutria “ódio e nojo à ditadura.” Uma ditadura que Bolsonaro enaltece e cultua.

Ulysses morreu num acidente de helicóptero, em 1992, nos mares de Angra dos Reis. Seu corpo jamais foi encontrado. O barulhinho que se ouve ao fundo é o som do cadáver de Bruno Covas se revirando no túmulo.


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