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Imigrantes venezuelanos realizam manifestação na avenida Paulista em oposição a Nicolás Maduro e em busca de solidariedade






Manifestação de Imigrantes Venezuelanos em São Paulo

Manifestação de Imigrantes Venezuelanos na Avenida Paulista

No último domingo (28), cerca de 200 imigrantes e refugiados da Venezuela se reuniram na avenida Paulista, em São Paulo, para mostrar sua oposição ao governo de Nicolás Maduro, e para prestar solidariedade aos mais de 21 milhões de compatriotas que estão elegendo o próximo mandatário do país neste final de semana. A manifestação foi convocada pela Rede de Venezuelanos no Brasil (Redeven) em 41 cidades do país, e contou com o apoio da ONG Casa Venezuela, que trabalha pela integração socioeconômica de migrantes.

O protesto, que durou cerca de duas horas, foi pacífico e reuniu pessoas com os rostos pintados, adereços nas cores nacionais e segurando bandeiras, faixas e cartazes com mensagens de apoio à liberdade e contra o regime de Maduro. Os manifestantes entoaram o hino nacional da Venezuela e algumas músicas tradicionais do país, como “Alma llanera”.

Guillermo Pérez, um dos porta-vozes do ato e doutorando em ciência política na Unicamp, destacou que as dificuldades enfrentadas pelos eleitores para votar são reflexo da política autoritária do regime, que tenta cercear a participação democrática. Ele ressaltou que a mobilização da oposição na Venezuela traz esperança de troca no comando e retorno da democracia. Com Maduro sob pressão internacional e o país em uma grave crise econômica, a população venezuelana anseia por mudanças.

No Brasil, apenas 1.026 dos cerca de 560 mil migrantes venezuelanos estão registrados para votar. A votação no território brasileiro ocorreu na embaixada venezuelana em Brasília. A diáspora venezuelana se estende por diversos países, totalizando aproximadamente 7,7 milhões de pessoas no exterior.

O médico Jesús Segovia, que migrou para o Brasil em 2018 devido à crise em seu país, lembra que recebia um salário irrisório na Venezuela, e hoje luta por um país democrático e livre. Para Luz Estela Carrero Flores, que vive no Brasil há oito anos, é fundamental sair da ditadura e buscar um futuro melhor para a Venezuela.

A esperança de dias melhores e a vontade de um país livre e democrático uniram os imigrantes venezuelanos em uma manifestação marcada por discursos de resistência e solidariedade.


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