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Arrecadação Federal Bate Recorde em Junho
No mês de junho, o governo federal conseguiu arrecadar um total de R$ 208,8 bilhões, marcando uma alta real de 11,02% em relação ao mesmo período de 2023. Esse desempenho representa um novo recorde na série histórica iniciada em 1995.
A antecipação do resultado positivo foi feita pelo secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, durante a divulgação do relatório de avaliação de receitas e despesas do 3º bimestre. Ele destacou que, apesar da receita estar indo bem, ainda está um pouco abaixo do esperado devido a algumas desonerações e frustrações.
No acumulado do primeiro semestre, a arrecadação federal atingiu a marca de R$ 1,3 trilhão, representando um avanço de 9,08% acima da inflação e também estabelecendo um novo recorde.
Além disso, a arrecadação teve uma leve aceleração em comparação com os meses anteriores, quando o crescimento estava em torno de 8%. Em junho, a Receita Federal identificou uma arrecadação extra de R$ 460 milhões com a taxação dos fundos exclusivos para super-ricos.
Outro destaque foi o recolhimento do Imposto de Renda sobre o estoque de rendimentos acumulados nos últimos anos, que rendeu R$ 12,3 bilhões somente neste ano. A incidência semestral do imposto, conhecida como “come-cotas”, também contribuiu com a arrecadação, resultando em um total de R$ 12,7 bilhões.
Por outro lado, a calamidade no Rio Grande do Sul teve um impacto negativo de R$ 3,7 bilhões apenas em junho, com uma estimativa de prejuízo de R$ 8 bilhões no ano. Apesar da alta na arrecadação, as receitas ficaram aquém do esperado no Orçamento, levando a um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões em despesas para garantir o cumprimento da meta fiscal.
A nova estimativa de déficit é de R$ 28,8 bilhões, alinhada ao limite permitido pela margem de tolerância da meta, cujo objetivo central é zero.