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Sites de compras no exterior começarão a cobrar Imposto de Importação de 20% a partir de sábado, antecipando oficialização em agosto.

A partir do próximo sábado (27), alguns sites de compras no exterior iniciarão a cobrança do Imposto de Importação de 20% sobre compras de até US$ 50. A medida visa corrigir a defasagem entre o momento da venda e do registro das declarações alfandegárias. Embora a cobrança oficial esteja prevista para começar em 1º de agosto, empresas como AliExpress e Shopee já confirmaram a intenção de aplicar a taxa a partir deste fim de semana.

Em comunicado, a AliExpress informou que todos os pedidos feitos a partir de 27 de julho seguirão as novas regras tributárias. Já a Shopee destacou que a taxa de 20% será aplicada a partir do dia 27, visto que os pedidos terão a Declaração de Importação de Remessas emitidas a partir de 1º de agosto. A empresa também ressaltou que a tarifação afetará apenas 10% dos consumidores que compram do exterior, pois a maioria das compras na plataforma são de produtos vendidos por varejistas brasileiros.

Em relação à Shein, a empresa informou que só começará a cobrar o imposto a partir de 1º de agosto, mesmo considerando o intervalo entre a venda e a declaração à Receita Federal. Apesar disso, compras realizadas até poucos dias antes dessa data podem ser tributadas com o novo Imposto de Importação.

De acordo com as regras aduaneiras, o imposto de 20% incidirá sobre o valor do produto, incluindo cobranças de frete e seguro. Além disso, os 17% de ICMS serão cobrados após a soma do valor da compra e do Imposto de Importação. Vale ressaltar que desde agosto do ano passado, compras de até US$ 50 em sites internacionais eram isentas de Imposto de Importação, contanto que os sites estivessem inscritos no Programa Remessa Conforme.

A aprovação da taxação federal de 20% para compras internacionais de até US$ 50 foi uma emenda à lei que criou o Programa Mover, de incentivo à indústria automotiva. A Receita Federal aguarda o início da cobrança para estimar quanto o governo arrecadará com a nova medida. As projeções serão inclusas no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, divulgado a cada dois meses.

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