DestaqueUOL

Anglicismos e Dialetos: A Intolerância Linguística em Textos de Humor e Comédia no Jornalismo Brasileiro




Crônica Intolerante: Onde está o rancor, a raiva e a intolerância?

Em uma revelação surpreendente, um amigo expressou sua apreciação pelos meus textos, mas apontou a falta de uma pitada de rancor, intolerância e raiva da humanidade. Segundo ele, admirador de Millôr Fernandes e Mark Twain, a compaixão pode fazer bem às almas que buscam o céu, mas não aos textos em busca do riso. Hoje, em um dia ruim, estou pronto para abraçar esses sentimentos.

Para iniciar esta crônica intolerante, é importante esclarecer que elogiar uma obra de humor como “bem-humorada” é um equívoco. O bom humor não conduz à comédia, mas sim ao abraço, à expressão de carinho ou à diversão no parque.

O humor nasce do mau humor, da desventura, do infortúnio. Mark Twain, conhecido por seu humor ácido, disse certa vez que “não existe riso no céu”. E, neste momento na Terra, com uma ressaca e conjuntivite, estou pronto para expressar minha insatisfação.

Me incomoda profundamente a invasão de anglicismos não pensados que adaptamos para o português. O uso indiscriminado dessas palavras estrangeiras é como uma praga que se multiplica sem controle, tornando-se parte de nosso vocabulário cotidiano.

Na mesma linha dos anglicismos está o mau uso do pretérito imperfeito. Vejo com frequência frases como “Eu costumava morar em Nova Iorque”, quando o correto seria “Eu morava em Nova Iorque”. Essa distorção da língua é um reflexo da falta de cuidado na tradução e no uso das palavras.

Além dos anglicismos, me irrita profundamente o que chamo de “dialeto da esquerda identitária universitária”. Termos como “atravessado” e “afetos” são utilizados de forma excessiva, descaracterizando o significado original e tornando-se clichês acadêmicos sem sentido.

Estou irritado, “atravessado” por todos esses “afetos”. No entanto, buscarei utilizar esse sentimento para apresentar argumentos com precisão e convencer os leitores de que é importante refletir sobre a linguagem e a comunicação. Quem sabe um dia possamos olhar para trás e perceber que superamos essas barreiras linguísticas juntos?


LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo