Aquisição do Ilha Pura pelo BTG Pactual é aprovada pelo CADE, marcando nova fase no mercado imobiliário da Barra da Tijuca
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O mercado imobiliário carioca viu recentemente a conclusão da aquisição do Ilha Pura pelo BTG Pactual, localizado na Barra da Tijuca, em uma transação aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O empreendimento, composto por 31 prédios residenciais e vendido pela construtora Carvalho Hosken, representa uma oportunidade estratégica para ambas as partes.
Inicialmente planejado como a Vila Olímpica dos Jogos de 2016, o Ilha Pura destaca-se por sua infraestrutura de lazer e localização privilegiada ao lado do Riocentro e em frente às estações de BRT. Com cerca de 3,6 mil apartamentos e um Valor Geral de Vendas (VGV) acima de R$ 4 bilhões, o complexo desperta interesse no mercado.
A aquisição pelo BTG Pactual, por meio de sua subsidiária Enforce, foi fruto de mais de um ano de estudos. Alexandre Câmara, sócio do banco, liderou as negociações visando reestruturar financeiramente e comercializar o portfólio imobiliário do Ilha Pura.
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Após os Jogos Olímpicos, o Ilha Pura enfrentou desafios, principalmente devido aos impactos da Operação Lava-Jato no mercado imobiliário do Rio. A renegociação do contrato com a Caixa levou a um aumento da dívida da Carvalho Hosken, estimada em mais de R$ 2 bilhões, equivalente ao VGV das unidades não vendidas.
Com a venda do empreendimento, a Carvalho Hosken busca aliviar seu balanço financeiro e focar em novos projetos. A construtora, conhecida como a “dona da Barra,” manterá seu estoque de terrenos ao redor do Ilha Pura aguardando oportunidades de desenvolvimento.
O complexo, que ocupa 72 mil metros quadrados, oferece diversas amenidades públicas, como projetos paisagísticos do escritório Burle Marx, lago, campos esportivos, pista de skate, quadras de tênis e parques infantis, representando um legado dos Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro.