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Ministro das Cidades cobra liberação de recursos da poupança para financiamento à casa própria, afirma Jader Filho em entrevista à Folha.




Ministro cobra liberação de recursos para financiamento habitacional

Ministro das Cidades pressiona o Banco Central por liberação de recursos para financiamento habitacional

O ministro das Cidades, Jader Filho, está solicitando ao Banco Central a liberação de uma parte dos recursos da poupança que atualmente estão retidos em depósitos compulsórios. Esses recursos poderiam ser utilizados para ampliar o financiamento para a compra da casa própria.

De acordo com Jader Filho, existe no momento capacidade disponível por parte das construtoras e demanda das famílias, porém há falta de recursos para viabilizar a concessão de crédito habitacional devido à diminuição dos depósitos na poupança e à ausência de fontes alternativas de financiamento.

“O Banco Central é o responsável por segurar essas medidas que têm o potencial de destravar o mercado”, afirmou Jader Filho em entrevista à Folha.

A Caixa Econômica Federal estima que a liberação de 5% dos 20% retidos nos depósitos compulsórios poderia resultar em quase R$ 30 bilhões em novos financiamentos. Essa medida também é uma solicitação das instituições financeiras para atender a uma crescente demanda por crédito imobiliário.

Jader Filho destacou que as obras do programa Minha Casa, Minha Vida estão sendo retomadas gradualmente. Para este ano, o ministério prevê a contratação de pelo menos 100 mil novas unidades subsidiadas e o financiamento de outras 607 mil com recursos do FGTS, além das 491 mil já financiadas em 2023.

O ministro enfatizou a importância do programa Minha Casa, Minha Vida para o setor da construção, uma vez que é a principal fonte de financiamento disponível. Com a taxa de juros elevada e a pouca atratividade da poupança devido aos bancos digitais, o programa se mostra como a única alternativa viável para aquisição de moradia.

Diante da necessidade de garantir recursos para continuar o programa, o ministério solicitou uma suplementação de até R$ 25 bilhões ao FGTS para o ano vigente.

A discussão sobre a liberação de recursos retidos nos compulsórios do Banco Central visa estimular o mercado imobiliário, gerar empregos, renda e atender à demanda crescente por habitação no país. Jader Filho ressalta a importância de buscar alternativas para destravar o setor e evitar que recursos fiquem parados sem motivo aparente, prejudicando investimentos e o crescimento econômico.


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