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Operação da PF mantém gestão da Abin sob suspeita; Procuradoria-Geral da República e STF analisam investigação na “Abin paralela”







Investigação na Abin mantém gestão sob suspeita

Investigação na Abin mantém gestão sob suspeita

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mantiveram sob suspeita a atual gestão da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) na mais recente fase da operação que mira a chamada “Abin paralela”.

A desconfiança que recai sob “as novas gestões” fez com que Moraes negasse o compartilhamento da investigação da Polícia Federal com a corregedoria da agência para a abertura de sindicâncias internas.

No parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que compartilhar as informações “não parece recomendável neste momento processual” diante da “aparente resistência identificada no interior” da Abin.

As suspeitas de interferência nas investigações foram ressaltadas durante a quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira, envolvendo ex-funcionários ligados ao deputado Alexandre Ramagem. Ramagem, que foi diretor da Abin no governo Bolsonaro e hoje é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PL, teve sua gestão questionada diante das ações da agência.

As investigações da PF indicam a realização de ações clandestinas da Abin durante o governo Bolsonaro, visando integrantes do Judiciário, do Legislativo e até mesmo a credibilidade das eleições, com monitoramento de ministros do STF, jornalistas e parlamentares, além de medidas para proteger os filhos do ex-presidente em inquéritos.

Ao analisar os desdobramentos da operação e a situação da Abin, servidores da agência demonstram desconforto com a atual direção e ressaltam a complexidade das relações internas, reforçando potenciais interferências políticas e dificuldades na condução das investigações internas.

A disputa entre a direção da Abin e a direção-geral da Polícia Federal também é um ponto de tensão constante, alimentando um cenário de desconfiança e rivalidades nos bastidores do governo.

A transparência e a apuração rigorosa dos fatos são essenciais para esclarecer as denúncias e garantir a integridade das instituições envolvidas, demonstrando o compromisso com a legalidade e a ética na condução dos assuntos de interesse público.


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