Pesquisa da Proteste revela presença de álcool em pães de forma de marcas populares, com teores considerados alcoólicos, alerta para consumo excessivo.

Algo preocupante destacado pelo levantamento é que, dependendo da quantidade consumida, algumas marcas poderiam fazer com que o consumidor não passasse em um teste de bafômetro, de acordo com os índices do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Por exemplo, duas fatias do pão de forma da Visconti têm o equivalente a 1,69 g de álcool, enquanto o limite seguro é abaixo de 3,3 g.
Outro ponto importante abordado na pesquisa é o impacto do consumo de álcool em grávidas e lactantes. Mesmo em baixas doses, o álcool pode afetar negativamente o aprendizado, a memória e até mesmo causar problemas de saúde mental no feto. A síndrome alcoólica fetal é um dos riscos associados ao consumo de álcool durante a gestação.
Além disso, a pesquisa alerta para a presença de álcool em níveis que ultrapassam os limites recomendados em medicamentos fitoterápicos. Em oito marcas brasileiras, a quantidade de álcool encontrada em uma única fatia de pão excede a taxa limite de advertência estabelecida para crianças. A contaminação dos pães pode ocorrer durante o processo de fabricação, quando os conservantes são adicionados.
A Agência Brasil entrou em contato com as fabricantes mencionadas na pesquisa para obter posicionamento sobre o assunto. A preocupação com a presença de álcool em produtos alimentícios populares como o pão de forma traz à tona questões importantes relacionadas à saúde do consumidor e à transparência das informações nos rótulos dos produtos. A atenção a essas questões é essencial para garantir a segurança e o bem-estar da população.