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Embaixatriz do Gabão denuncia abordagem violenta da PM ao filho de 13 anos no Rio de Janeiro, apontando sinais de racismo.

A embaixatriz do Gabão no Brasil, Julie-Pascale Moudouté, denunciou um caso de abordagem policial violenta no Rio de Janeiro envolvendo seu filho de 13 anos e mais dois amigos, todos de origem negra e filhos de diplomatas. Segundo Moudouté, os policiais agiram de forma agressiva e discriminatória, deixando claros sinais de racismo. Ela ressaltou que os outros dois amigos brancos que estavam presentes no momento da abordagem não sofreram o mesmo tratamento violento.

Em entrevista à TV Brasil, a embaixatriz destacou a necessidade de uma explicação para a abordagem seletiva e violenta dos policiais, ressaltando a importância de cuidar do trauma vivenciado pelos adolescentes. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra os policiais com armas em punho abordando os meninos de maneira agressiva, gerando indignação e revolta.

Moudouté afirmou que seu filho não falou muito sobre o episódio no início, mas depois revelou detalhes das agressões sofridas, as quais ela considera inaceitáveis. Ela destacou a necessidade de respeito e cuidado nas abordagens policiais, principalmente envolvendo menores de idade, e criticou a violência e a falta de humanidade demonstradas pelos agentes na situação.

A Polícia Militar e a Polícia Civil iniciaram investigações sobre o caso, com a PM afirmando que os agentes envolvidos portavam câmeras corporais e que as imagens serão analisadas para verificar possíveis excessos. A corporação ressaltou a importância da formação em direitos humanos e ética dos policiais, enquanto a Polícia Civil informou que a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo já está atuando no caso.

O episódio gerou repercussão e levantou discussões sobre a violência policial e o racismo estrutural no Brasil, reforçando a importância do combate à discriminação e da garantia da dignidade e segurança de todos os cidadãos, independentemente de sua raça ou origem. A embaixatriz Moudouté espera que a justiça seja feita e que casos como esse não se repitam, visando um país mais justo e igualitário para todos.

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