DestaqueUOL

Eleições na França: incerteza e expectativas para os resultados do segundo turno movimentam o cenário político do país




Análise das Eleições na França

Na região francesa de Calvados, a ex-primeira-ministra Elisabeth Borne se beneficia da retirada de um candidato da LFI na esperança de vencer o RN. No entanto, não há garantias de que os votos serão automaticamente transferidos para Borne, pois a LFI a criticou duramente durante a reforma previdenciária adotada por Macron através do “49-3”. Esse dispositivo constitucional permitiu ao presidente aprovar reformas sem o voto dos deputados, especialmente neste último mandato.

Em Seine-Maritime, um candidato do partido de direita Horizontes se retirou em favor da candidata da esquerda radical, Alma Dufour. Mesmo com o pedido de Edouard Philippe para não votar na extrema direita ou na esquerda radical, alguns candidatos parecem manter o pacto nacional para bloquear um possível avanço da extrema direita na França.

O comparecimento às urnas ainda é incerto, mesmo com a alta participação no primeiro turno. As previsões indicam um possível comparecimento de 68% dos eleitores no domingo.

Projeções de assentos na Assembleia oscilam

Diversas pesquisas foram publicadas esta semana na França, levando em conta as retiradas de candidatos entre os turnos. No entanto, essas projeções se baseiam em transferências hipotéticas de votos, o que dificulta a precisão dos dados. Das 501 pesquisas realizadas, 90 são consideradas incertas.

É importante ressaltar a jurisprudência recente no país, que exige cautela. Nas eleições legislativas de 2022, as pesquisas previram menos de 50 assentos para a extrema direita, mas o RN de Le Pen e Jordan Bardella conquistou 89 assentos, surpreendendo a população francesa.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo