Rússia afirma que um de seus caças seguiu avião militar norueguês sobre o Mar de Barents
31 de agosto de 2023
Na manhã desta terça-feira, autoridades russas confirmaram que um dos seus caças realizou uma operação de interceptação e seguiu um avião militar norueguês sobre o Mar de Barents. O incidente ocorreu a cerca de 80 quilômetros da fronteira norueguesa.
O Ministério da Defesa da Rússia divulgou um comunicado afirmando que o caça russo foi enviado para identificar e acompanhar as ações do avião norueguês, que se aproximou perigosamente das águas territoriais russas.
De acordo com as autoridades russas, o avião norueguês estava em uma missão de reconhecimento na região e, supostamente, teria desrespeitado as regras de voo internacionais ao se aproximar tanto do espaço aéreo russo. O caça russo foi acionado para garantir a segurança do país.
O Ministério das Relações Exteriores da Noruega já foi notificado sobre o incidente e haverá uma reunião entre os representantes diplomáticos dos dois países para discutir o assunto. A Noruega ainda não emitiu uma declaração oficial sobre o ocorrido.
O Mar de Barents é uma área estratégica para a Rússia e a Noruega, uma vez que é uma das rotas de navegação mais importantes para o transporte de petróleo e gás natural na região do Ártico. Os países costumam realizar exercícios militares e monitorar a área de perto.
Interceptações aéreas entre a Rússia e os países da OTAN são relativamente comuns na região. No entanto, o incidente de hoje aumenta ainda mais as tensões entre Rússia e Noruega, que já vinham se intensificando devido a disputas sobre a exploração dos recursos marítimos.
A Rússia alega ter seguido todos os protocolos internacionais durante a interceptação e afirmou estar agindo dentro da lei. A Noruega, por sua vez, tem reforçado suas posições no Mar de Barents e solicitado apoio aos membros da OTAN para garantir sua segurança na região.
Este incidente pode ter ramificações políticas e militares significativas, pois acontece em um momento de tensões crescentes entre Rússia e OTAN. A situação será acompanhada de perto pela comunidade internacional.
Referência: UOL Notícias
