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Decisão judicial em Israel gera controvérsia sobre alistamento militar
Os líderes desses partidos manifestaram estar decepcionados com a decisão, porém não emitiram nenhuma ameaça direta ao governo.
No entanto, a possibilidade dos militares, apoiados pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, começarem a recrutar estudantes de seminários, poderá intensificar as divergências na já fragilizada coalizão liderada por Netanyahu.
A renúncia ao alistamento dos ultraortodoxos tem se tornado um tema cada vez mais polêmico em Israel, uma vez que as Forças Armadas enfrentam desafios múltiplos no conflito com o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano.
“No auge de um conflito intenso, o peso da desigualdade se torna mais agudo do que nunca”, afirmou a decisão unânime do tribunal.
Os cidadãos israelenses são obrigados por lei a servir nas Forças Armadas a partir dos 18 anos, por três anos no caso dos homens e dois anos para as mulheres. A minoria árabe, que corresponde a 21% da população de Israel, é isenta, embora alguns optem por servir. Além disso, os estudantes dos seminários judeus ultraortodoxos também têm sido isentos por décadas.
A legislação que permitia a isenção aos estudantes de seminários expirou no ano passado, mas o governo continuou a conceder a dispensa. A Suprema Corte determinou que, sem uma nova base legal para essa isenção, o Estado deve revisá-la.