Centenas de peregrinos perderam a vida durante a peregrinação anual a Meca, devido às altas temperaturas no deserto. O governo egípcio tomou medidas drásticas após a tragédia, suspendendo as licenças de 16 empresas de turismo que facilitaram a viagem de alguns peregrinos para a Arábia Saudita.
Com mais de 450 mortes confirmadas até o momento, as autoridades acreditam que o número de vítimas fatais pode aumentar à medida que as contagens se tornarem mais precisas. Durante a peregrinação deste ano, os peregrinos enfrentaram temperaturas recordes que chegaram a atingir 49ºC.
O governo egípcio justificou a suspensão das empresas de viagem alegando que elas não prestaram os cuidados necessários aos peregrinos, resultando em exaustão devido ao calor extremo.
Segundo a agência de notícias Reuters, algumas agências de viagens podem ter operado de forma irregular, visando contornar os altos custos dos pacotes turísticos. Além disso, as empresas permitiram que os peregrinos viajassem com vistos pessoais, desconsiderando a garantia de acesso a cuidados médicos e locais sagrados.
A falta de suporte das empresas de turismo deixou os peregrinos em situação vulnerável, com relatos de abandono e falta de água e estações de resfriamento em meio ao calor intenso do deserto.
A Tunísia também enfrenta um aumento no número de mortes de seus peregrinos, devido à falta de registro adequado e à utilização de vistos de turista ao invés de vistos específicos para a peregrinação.
