Copom decide manter taxa Selic em 10,5% ao ano, recebendo críticas de políticos e setor produtivo por prejudicar a recuperação econômica.

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffman, foi uma das primeiras a se manifestar nas redes sociais, classificando como “injustificada” a decisão do Copom. Para ela, não há motivos técnicos, econômicos ou morais para manter a taxa básica de juros em 10,5% ao ano, especialmente em um cenário onde a inflação está controlada.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também criticou a decisão do Copom, classificando-a como inadequada e excessivamente conservadora. A entidade havia pedido anteriormente que o BC continuasse a cortar os juros básicos da economia, argumentando que a manutenção dos juros altos impõe restrições adicionais à atividade econômica, afetando negativamente o emprego e a renda.
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) se juntaram ao coro de críticas, apontando que a manutenção da Selic em níveis elevados prejudica o crescimento econômico e aumenta o custo do crédito, desestimulando investimentos necessários para o desenvolvimento do país.
As centrais sindicais também se manifestaram contra a decisão do Copom, classificando-a como um obstáculo ao crescimento econômico e uma forma de beneficiar os especuladores em detrimento dos trabalhadores. Para eles, a manutenção dos juros altos desestimula o consumo e impede a retomada do crescimento sustentável do Brasil.
Diante das críticas e preocupações levantadas por diversos setores, a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 10,5% ao ano continua gerando debates e apreensões sobre os rumos da economia brasileira. A expectativa é que o Banco Central reavalie sua política monetária e leve em consideração as demandas e necessidades dos diversos setores afetados pela decisão.