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Brasil Escola aprimora Inteligência Artificial de correção de redações, atingindo até 95% de precisão em comparação com correções humanas

O Brasil Escola otimizou sua Inteligência Artificial de correção de redações, a IARA. Com uma correção que agora corresponde entre 85% e 95% com as correções feitas por professores, a IA ganha cada vez mais espaço no cenário educacional.

Envie sua redação para ser corrigida

Desde maio do ano passado, a IARA recebe mensalmente redações enviadas por alunos de diferentes regiões do Brasil. O estudante tem a opção de escolher entre enviar sua redação para a IARA ou para um professor, ambas opções completamente gratuitas.

Otimização da IARA

A correção da IARA é baseada nas competências da redação do Enem. Felipe Palmeira, da equipe de T.I do site, explicou o processo de desenvolvimento do mecanismo, destacando a importância de criar uma base sólida para a IA:

A estratégia era criar uma boa ‘sugestão’ para a Inteligência Artificial para ela entender o que ela precisava fazer e como ela deveria corrigir as redações.


Então nós passávamos os critérios de avaliação do ENEM e sugeríamos para que ela desse uma nota para cada competência, fornecendo, assim, uma visão próxima do que a redação do estudante representa.”

Anteriormente, a IARA operava com um modelo geral que alcançava uma assertividade entre 65% e 80%. Contudo, no início deste ano, a equipe de T.I adotou a técnica de “fine-tuning” para aprimorar a IA, utilizando dados de seis meses de redações para o treinamento do modelo.

Felipe detalhou um pouco sobre o processo de “fine-tuning” que impulsionou a otimização da IARA:

“O ajuste fino (fine-tuning) é uma técnica de treinamento que consiste na reutilização de arquiteturas de CNN (rede neural convolucional) predefinidas e pré-treinadas. Com base nesse treinamento tivemos resultados impressionantes, aumentando a taxa de acerto entre a correção da IA e a humana para um intervalo entre 85% a 95%.”

Com a significativa melhora dos resultados, a confiança no trabalho da IARA aumenta, possibilitando que as correções sejam utilizadas para obter uma boa nota no Enem 2024.

 

Por Tiago Vechi

Jornalista

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