Percentual de famílias endividadas no Brasil atinge maior patamar desde 2022, aponta Peic da CNC; previsão é de crescimento até dezembro.
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O resultado divulgado pela CNC revela que esse é o maior índice de endividamento das famílias desde novembro de 2022, refletindo o cenário econômico e a busca por crédito. O aumento no percentual de endividados é atribuído à redução da taxa básica de juros (Selic) que tem possibilitado um menor custo de crédito para as famílias.
Em relação às categorias de endividamento, o cartão de crédito se destaca como o principal meio de endividamento, presente em 86,9% dos casos, seguido por carnês (16,2%) e crédito pessoal (9,8%). Um dado positivo foi a redução do uso do cheque especial, que figurou em apenas 3,9% das dívidas, o menor índice desde o início da pesquisa em 2010.
Além disso, o percentual de famílias que se consideram muito endividadas aumentou para 17,8% em maio, em comparação com os 17,2% de abril. Em relação à inadimplência, o índice se manteve estável em 28,6% em maio, mas registrou uma ligeira queda em relação ao mesmo período do ano anterior.
A CNC projeta que o percentual de endividados continue crescendo ao longo do ano, podendo atingir 80,4% em dezembro. Esses dados refletem a retomada da demanda por crédito pelas famílias, impulsionada pela queda dos juros e o acesso a condições mais favoráveis de financiamento. Com a recuperação econômica em curso, espera-se que as famílias consigam equilibrar suas contas e honrar seus compromissos financeiros.