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Presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, adia decisão sobre reformas constitucionais propostas por López Obrador, agitando os mercados.

Na noite dessa quinta-feira (6), a presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que nenhuma decisão havia sido tomada em relação a um pacote de reformas constitucionais propostas pelo atual presidente, Andrés Manuel López Obrador. A incerteza em torno da possível aprovação dessas medidas controversas, que exigem uma maioria de dois terços em ambas as câmaras do Congresso, agitou os mercados mexicanos ao longo da semana.

Em entrevista, Sheinbaum afirmou que a equipe ainda está em processo de avaliação das propostas e que é fundamental que haja diálogo antes de qualquer decisão final. Críticos das reformas alertam para os possíveis impactos negativos, como a eliminação de órgãos de supervisão importantes, a interferência na independência judicial e o aumento da concentração de poder no Executivo.

A coalizão liderada pelo partido de esquerda Morena, de Sheinbaum, juntamente com o Partido Verde e o Partido Trabalhista, conseguiu uma maioria confortável no Senado, com 83 cadeiras garantidas de um total de 128. No entanto, essa maioria não é suficiente para promover as mudanças constitucionais necessárias.

Apesar disso, o Morena poderá negociar com outras legendas para obter os votos necessários. Na câmara baixa do Congresso, a coalizão governista deve contar com 372 assentos, o que também representa uma supermaioria.

A reportagem destaca a importância da cautela diante das discussões em andamento e ressalta a necessidade de um processo transparente e participativo para a tomada de decisões tão importantes para o futuro do país. Por enquanto, a incerteza sobre o desfecho dessas reformas constitucionais permanece.

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