A Bienal de São Paulo divulgou o time curatorial completo que estará à frente de sua 36ª edição, prevista para o segundo semestre de 2025.
O curador geral da mostra, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, diretor do Haus der Kulturen der Welt, em Berlim, escolheu Alya Sebti, Anna Roberta Goetz e Thiago de Paula Souza como curadores, além de Keyna Eleison como cocuradora da principal exposição de arte contemporânea do Brasil. Henriette Gallus, ex-assessora de imprensa da Documenta de Kassel, será responsável pela comunicação da edição.
Em entrevista à Folha, Ndikung falou sobre a importância de representar a diversidade do mundo e abordar as urgências do presente, em continuidade ao trabalho da última edição, que teve como destaque a participação majoritária de artistas não brancos.
Alya Sebti, de origem marroquina, lidera a ifa-Galerie em Berlim e é reconhecida por suas pesquisas e exposições sobre as influências coloniais nas sociedades contemporâneas, com foco nas expressões artísticas do norte e oeste da África pós-independência.
Anna Roberta Goetz, suíça, investiga estratégias artísticas que desafiam as hierarquias e narrativas dominantes na sociedade. Com experiência no Marta Herford Museum e no MMK Museum für Moderne Kunst Frankfurt, ambos na Alemanha, Goetz foi curadora assistente do Pavilhão da Alemanha na Bienal de Veneza de 2013.
Thiago de Paula Souza e Keyna Eleison representam o Brasil na equipe curatorial. Eleison, especialista em história da arte, teve papel fundamental no reconhecimento do Cais do Valongo como Patrimônio Mundial da UNESCO.
Souza, também cocurador do 38º Panorama da Arte Brasileira no MAM deste ano, contribuiu para a organização de importantes exposições ao redor do mundo, como “Some May Work as Symbols: Art Made in Brazil, 1950s–70s”, em Londres, e a 58ª Carnegie International de 2022, nos Estados Unidos.
