
Na primeira edição, criada por Alan Douglas Silva, o policial começa a registrar o documento em tom poético, narrando como se deu o furto: “Na mansidão do silêncio noturno, permeada pela penumbra que abraça os segredos da calada madrugada, o vilão de nossa trama, qual sombra furtiva, penetrou na propriedade da respeitável vítima“.
E continua descrevendo o caso: “Neste ato de profanação, destemido e sorrateiro, desfez a barreira da intimidade alheia e arrebatou consigo os objetos que figuram na relação dos despojos.
Manteve o nível poético
No terceiro parágrafo, o autor manteve o nível da poesia ao tentar explicar que o ladrão cometeu um erro na cena do crime: “Deixou sua marca indelével como um sinal no trilho do rastejar do agressor, tal o rastro de uma serpente que insinua sua presença“.
O autor do boletim de ocorrência também menciona a falta de testemunhas: “Sobre o lamento do silêncio, testemunhas não surgiram para narrar o ato infame e a propriedade da vítima transformou-se, por um breve lapso temporal, em palco de desventuras e dissabores.
Na manhã de hoje, foi divulgado o conteúdo do boletim de ocorrência registrado pelo policial Alan Douglas Silva, que surpreendeu a todos com seu tom poético e descritivo. No documento, o furto ocorrido na calada da noite é narrado de forma única, utilizando metáforas e analogias que enriquecem o relato.
O autor do boletim destacou a falta de segurança no local do crime, ressaltando a ausência de equipamentos de monitoramento que poderiam ter ajudado a elucidar o caso mais facilmente. Além disso, fez questão de enfatizar a falta de testemunhas, o que dificulta a investigação policial.
Ao analisar a cena do crime, o policial poeta identificou uma marca deixada pelo ladrão, comparando-a ao rastro de uma serpente, o que adiciona um ar misterioso ao caso. Com uma escrita sofisticada e sensível, o autor do boletim conseguiu captar a essência do crime e transmiti-la de forma envolvente.