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Deputado André Janones é suspeito de “rachadinha” e tem caso analisado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Nesta terça-feira, 28 de setembro, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados está analisando o caso do deputado André Janones (Avante-MG), que está sob suspeita de ter praticado a chamada “rachadinha”, cobrando devolução de parte do salário de seus assessores para despesas pessoais. Os parlamentares estão votando o parecer de Guilherme Boulos (PSOL-SP), que recomendou o arquivamento do processo de cassação contra Janones.

André Janones, que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nega as acusações e afirma que os áudios que fundamentam a denúncia foram tirados de contexto. Porém, a gravação realizada em fevereiro de 2019 revela o deputado solicitando que seus assessores contribuam financeiramente com suas despesas pessoais, alegando prejuízos financeiros em campanhas anteriores.

No áudio, Janones menciona que alguns assessores de confiança receberiam salários maiores para “ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito”. Ele justifica que perdeu bens materiais significativos durante seus projetos políticos anteriores, como uma casa, um carro, uma poupança e uma previdência, e por isso considera justo que seus assessores contribuam para sua reconstrução financeira.

O parlamentar argumenta que a ação não se trata de corrupção, mas sim de uma forma de colaboração mútua entre ele e seus funcionários. Paralelamente ao processo de cassação em discussão no Conselho de Ética, um inquérito foi aberto pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), para investigar se Janones de fato operou o esquema de “rachadinha”, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e de 46 deputados da oposição.

Ao se deparar com as acusações, Janones defende sua inocência e reforça que confia na justiça para esclarecer os fatos. O desfecho desse caso terá repercussões não apenas em sua carreira política, mas também na imagem do Parlamento e na transparência das relações entre parlamentares e seus assessores.

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