Organizações pedem veto de projeto que exclui silvicultura de lista de atividades poluidoras, alertando para impactos ambientais negativos.

De acordo com o presidente da Abrampa, Alexandre Gaio, a silvicultura em larga escala tem um potencial poluidor significativo que não pode ser ignorado, e permitir essa atividade sem o devido licenciamento ambiental pode resultar em ampliação da degradação ambiental e extinção de espécies. As organizações criticam o projeto por dispensar o licenciamento ambiental prévio para atividades silviculturais e alertam para os impactos negativos que essa medida pode trazer.
O projeto, aprovado em regime de urgência na Câmara dos Deputados, aguarda a sanção presidencial, e as organizações ambientais citam decisões do Supremo Tribunal Federal que apontam para a necessidade do licenciamento prévio para atividades com potencial de causar degradação ambiental. Segundo os ambientalistas, a proposta aumenta a vulnerabilidade das espécies nativas, contamina os corpos d’água com agrotóxicos, reduz a biodiversidade e gera conflitos pelo uso da terra e dos recursos hídricos.
Enquanto as organizações pedem o veto do projeto por inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público, defensores do projeto, como a bancada ruralista e a Indústria Brasileira de Árvores (IBA), afirmam que a silvicultura é benéfica ao meio ambiente, permitindo o reflorestamento de áreas degradadas. O autor do projeto, o ex-senador Álvaro Dias, justifica que a silvicultura não deve ser submetida a um processo de licenciamento ambiental burocrático que prejudica seu desenvolvimento.
Portanto, a decisão do presidente Lula da Silva em relação a esse projeto em questão será crucial para o futuro do meio ambiente e da silvicultura no Brasil, despertando debates acalorados entre defensores e opositores da proposta.