Câmara dos DeputadosDestaque

Minorias étnicas e comunidades pobres enfrentam racismo ambiental e desigualdade na crise climática, alerta Comissão da Câmara dos Deputados.




Debate sobre crise climática e racismo ambiental na Câmara dos Deputados

27/05/2024 – 10:27

Rodolfo Oliveira/Agência Pará

Populações mais pobres são afetadas de forma desproporcional pelos impactos ambientais

A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados debate nesta terça-feira (28), às 11 horas, a relação entre crise climática e racismo ambiental.

A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) explica que o termo “racismo ambiental” é uma expressão cunhada pelo líder afro-americano de direitos civis Benjamin Franklin Chavis e destaca uma realidade em que populações periféricas e minorias étnicas, em especial as pessoas negras, enfrentam discriminação devido à degradação ambiental.

“Essa expressão demonstra que os impactos ambientais não são distribuídos igualmente, afetando de maneira desproporcional as comunidades historicamente marginalizadas e invisibilizadas. No Brasil, as consequências do racismo ambiental são profundas e conectadas ao legado colonial”, explica.

Segundo ela, o crescimento de comunidades em zonas de risco torna evidente a relação entre racismo ambiental e injustiça social. “A falta de políticas habitacionais, planejamento urbano e serviços públicos cria um ambiente propício para a coexistência com condições degradadas, afetando principalmente os mais desfavorecidos”.

Veja a relação de convidados

O debate será realizado no plenário 9.

Da Redação – RL

Nesta terça-feira, 28 de maio de 2024, a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados promoverá um importante debate sobre a relação entre crise climática e racismo ambiental. O encontro está agendado para às 11 horas e trará à tona questões cruciais sobre a disparidade de impactos ambientais em diferentes grupos sociais.

De acordo com a deputada Talíria Petrone, do Psol-RJ, o termo “racismo ambiental”, popularizado pelo líder afro-americano Benjamin Franklin Chavis, visa destacar a discriminação enfrentada por populações periféricas e minorias étnicas, principalmente negras, em decorrência da degradação ambiental. Petrone ressalta que essa expressão evidencia como os efeitos prejudiciais ao meio ambiente não são distribuídos equitativamente, afetando de forma desproporcional comunidades historicamente marginalizadas e invisibilizadas.

No contexto brasileiro, as repercussões do racismo ambiental são profundas e encontram raízes no legado colonial do país. A falta de políticas habitacionais, planejamento urbano adequado e serviços públicos eficientes contribui para a existência de condições degradadas, que impactam principalmente os segmentos mais vulneráveis da sociedade.

O debate, que contará com a presença de diversos convidados especializados no tema, está marcado para acontecer no plenário 9 da Câmara dos Deputados. A discussão promete trazer à tona reflexões importantes sobre a interseção entre a crise ambiental e as questões raciais, evidenciando a urgência de ações que promovam a equidade e a justiça social.

O Racismo Ambiental é um problema persistente que afeta diretamente populações mais pobres e comunidades historicamente marginalizadas. É fundamental que sejam promovidos debates e ações concretas para combater esse fenômeno e buscar soluções sustentáveis que considerem a diversidade e a equidade social.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo