Chuvas causam estragos em museus, voluntários se unem na recuperação e apoio internacional é fundamental para preservação dos acervos
Equipes da secretaria têm trabalhado em conjunto com os funcionários dos museus afetados para resgatar os acervos. Além disso, voluntários que se cadastraram a partir de uma convocação pública também estão auxiliando nos trabalhos de recuperação. Até o momento, 484 pessoas se inscreveram para ajudar, sendo 313 técnicos e especialistas na área de patrimônio.
Apoio internacional também tem sido fundamental nesse processo, com instituições de outras partes do Brasil e do exterior fornecendo orientações especializadas para evitar danos aos acervos. O Museu Estadual do Carvão do Rio Grande do Sul, por exemplo, teve seus documentos levados para um frigorífico para preservação após ser inundado.
A coordenadora do Sistema Estadual de Museus do Rio Grande do Sul, Doris Couto, destaca a importância de retirar as peças dos locais afetados assim que as águas baixarem, ressaltando que todo tipo de acervo pode ser restaurado. Doações de materiais de conservação, como papeis absorventes, são aguardadas nos próximos dias.
Diversas instituições culturais já receberam as equipes de limpeza e salvamento, como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, o Memorial do Rio Grande do Sul, a Cinemateca Paulo Amorim e a Livraria Taverna, que funciona no térreo do edifício da Casa de Cultura Mario Quintana.
A tragédia climática no Rio Grande do Sul, que resultou em recordes de chuva e enchentes, causou a morte de 163 pessoas e deixou 647 mil desalojados até o momento. A magnitude dos danos exigirá um esforço conjunto para a recuperação dessas instituições culturais e para a reconstrução das comunidades afetadas.
