Debate na Câmara destaca a abrangência das ações necessárias para o atendimento adequado à saúde da mulher.
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20/05/2024 – 18:38
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Renata Reis (E), do Ministério da Saúde, e a deputada Ana Pimentel
No dia 20 de maio de 2024, um importante debate sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher foi realizado na Câmara dos Deputados. Participantes destacaram a necessidade de ações abrangentes para garantir um atendimento adequado às mulheres no sistema de saúde. O evento ocorreu na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, com a presença de diversas autoridades no assunto.
A coordenadora-geral de Saúde Integral das Mulheres do Ministério das Mulheres, Josilene dos Santos, enfatizou a importância de considerar não apenas questões específicas de saúde sexual e reprodutiva, mas também aspectos como renda, moradia, educação e, principalmente, violência doméstica e familiar. Segundo ela, a violência contra a mulher é um problema de saúde pública cada vez mais relevante, com uma crescente necessidade de preparo dos profissionais de saúde para lidar com essa realidade.
Luiza Beatriz Acioli, coordenadora de Ações Nacionais e Cooperação do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fiocruz, trouxe dados alarmantes sobre a situação no país. O aumento nos casos de estupro e feminicídio foram destacados, com ênfase nas vítimas negras.
Com relação à saúde sexual e reprodutiva das mulheres, Simone Diniz, representante da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, apontou algumas deficiências no Sistema Único de Saúde (SUS), como a diminuição das opções de contraceptivos e os altos índices de gravidez indesejada.
Outros temas discutidos no evento incluíram a alta taxa de cesarianas no Brasil, a mortalidade materna e a necessidade de melhorar o atendimento às mulheres no SUS. A deputada Ana Pimentel também apresentou um projeto para transformar as ações em lei e promover debates sobre as diretrizes a serem adotadas pelo poder público.
Em resumo, o debate evidenciou a urgente necessidade de políticas eficazes para garantir a saúde e o bem-estar das mulheres brasileiras, abordando questões que vão além do aspecto estritamente médico. A sociedade como um todo precisa se mobilizar para enfrentar os desafios e promover uma mudança positiva nesse cenário.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Roberto Seabra