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Taxa de alfabetização no Brasil atinge 93% em 2022, aponta Censo Demográfico do IBGE: 151,5 milhões de pessoas sabem ler e escrever.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil atingiu uma taxa de alfabetização de 93% em 2022, o que representa uma significativa melhoria em relação às décadas anteriores. Dos 163 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais, 151,5 milhões possuem habilidades básicas de leitura e escrita, enquanto 11,4 milhões ainda não desenvolveram essa competência mínima.

De acordo com o IBGE, houve um gradual aumento na taxa de alfabetização ao longo dos anos. Em 1940, menos da metade da população brasileira era alfabetizada, com apenas 44%. Já em 1980, esse índice subiu para 74,5%, e finalmente, em 2022, alcançou a marca de 93%. Esse avanço de 18,5 pontos percentuais em relação a 1980 é atribuído à expansão educacional, que garantiu o acesso ao ensino fundamental nos anos 1990, e à transição demográfica que substituiu gerações menos educadas por gerações mais instruídas.

A pesquisa também revelou que a taxa de analfabetismo foi mais acentuada entre a população de 65 anos ou mais, atingindo 20,3%. Esse quadro reflete o histórico de investimento insuficiente em educação no país, tanto para crianças em idade escolar quanto para programas de alfabetização de jovens e adultos.

Mulheres apresentam melhores indicadores educacionais do que homens, com taxa de alfabetização de 93,5% em 2022, em comparação com 92,5% dos homens. Essa tendência se mantém em todas as faixas etárias, exceto entre os mais velhos acima de 65 anos. A Região Sul do Brasil lidera em alfabetização, com percentual de 96,6% em 2022, seguida pela Região Sudeste, com 96,1%.

A população indígena também apresentou melhorias significativas, com uma taxa de alfabetização de 85% em 2022, sendo que a região Norte teve a maior redução no índice de analfabetismo, passando de 31,3% para 15,3% de 2010 para 2022. Os dados revelam uma evolução positiva na educação brasileira, mas também apontam para a necessidade contínua de investimentos e políticas educacionais para combater o analfabetismo em todas as faixas etárias e grupos sociais.

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