Irmãos são condenados a penas de 65 e 56 anos por envolvimento em assassinato de família na região do ABC.
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A Justiça condenou, na noite desta segunda-feira (21), Juliano Oliveira Ramos Júnior a 65 anos, 5 meses e 10 dias de prisão, em regime fechado, por participação nas mortes de Romuyuki Gonçalves, 43, de sua mulher, Flaviana Gonçalves, 40, e do filho do casal, Juan Gonçalves, 15, em janeiro de 2020.
No mesmo júri, seu irmão, Jonathan Fagundes Ramos, recebeu pena de 56 anos, 2 meses e 20 dias, também em regime fechado, por participação no mesmo crime.
A sentença dos dois foi dada pelo juiz Lucas Tambor Bueno às 22h46 desta segunda, cerca de 12 horas depois do início do julgamento no Fórum de Santo André, no ABC, cidade onde a família assassinada morava.
Segundo a decisão da Justiça, devido à gravidade dos crimes, os dois não poderão recorrer em liberdade. Eles já estavam presos.
Os irmãos foram condenados nesta segunda-feira por triplo homicídio qualificado —motivo fútil, emprego de meio cruel e uso de recurso de dificultou a defesa das vítimas— por subtração com grave violência e formação de quadrilha.
Durante os depoimentos no júri, os dois confessaram os crimes de roubo, homicídio e ocultação de cadáver, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo.
Na época do crime, a então advogada de Juliano e Jonathan afirmou que os irmãos se uniram para cometer crime patrimonial, e não crime contra a vida.
Ainda segundo a antiga defesa dos irmãos, as mortes foram planejadas e executadas por Anaflávia e Carina.
Acusada pela morte dos pais e do irmão adolescente, Anaflávia Martins Gonçalves foi condenada em junho passado a 61 anos, cinco meses e 23 dias de prisão, em júri popular ocorrido também no Fórum de Santo André.
No mesmo dia, a namorada da filha do casal, Carina Ramos de Abreu, foi sentenciada a 74 anos, sete meses e dez dias de prisão. Guilherme Ramos da Silva recebeu uma pena de 56 anos, dois meses e 20 dias de prisão.
Os corpos das vítimas foram encontrados no carro da família, um Jeep Compass, na madrugada de 28 de janeiro de 2020. Anaflávia e Carina foram presas no dia seguinte, e os outros suspeitos, dias depois.
O júri chegou a ser adiado quatro vezes, a mais recente em novembro do ano passado, devido à ausência de ao menos quatro testemunhas e de um advogado de defesa.
De acordo com o Tribunal de Justiça, 12 testemunhas deveriam ter sido ouvidas, mas todas acabaram dispensadas.